sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O VERDADEIRO AMOR

Um famoso professor encontrou um grupo de jovens que falavam contra o casamento. Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo, e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimónio. O mestre disse-lhes que respeitava a opinião deles, mas contou-lhes a seguinte história:
«Os meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã, a minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um enfarte. O meu pai correu até junto dela, levantou-a como pôde e, quase arrastando-se, colocou-a no carro. Dirigiu-se a toda velocidade para o hospital, mas quando chegou, infelizmente, ela já estava morta. Durante o velório, o meu pai não falou. Ficou o tempo todo a olhar para o vazio. Quase não chorou. Eu e os meus tios tentámos, em vão, quebrar a nostalgia, e recordámos momentos engraçados.
Quando o caixão descia à terra, ele, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:
– Meus filhos, foram 55 anos bons Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem ideia do que é partilhar a vida com alguém durante tanto tempo. – Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou: – Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Quando mudei de emprego, vendemos a casa e renovamos toda a mobília, instalando-nos noutra cidade. Compartilhámos a alegria de ver os nossos filhos concluírem a faculdade. Chorámos um ao lado do outro quando entes queridos partiram. Orámos juntos na sala de espera de alguns hospitais. Apoiámo-nos nas horas de dor. Trocámos abraços em cada Natal, e perdoámos os nossos erros Filhos, agora ela partiu, e estou contente. E sabem porquê? Porque ela foi antes de mim e não teve de viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha parida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu amo-a tanto que não gostaria que sofresse assim!
Quando meu pai terminou de falar, os meus tios e eu estávamos comovidos. Ele abraçou-nos e consolou-nos, dizendo: – Está tudo bem! Podemos ir para casa.»
E o professor concluiu: Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. É muito mais do que romantismo; não tem muito que ver com erotismo O verdadeiro amor está relacionado com o trabalho e o cuidado a que se aventuram duas pessoas realmente comprometidas.
Quando o professor acabou de falar, os jovens universitários ficaram em silêncio, porque este tipo de amor era algo que não conheciam. O verdadeiro amor revela-se nos pequenos gestos, dia a dia e todos os dias. O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.
À noite, um dos jovens escreveu no seu diário: «Quem caminha sozinho até pode chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado com certeza chega mais longe!»
Fonte: Revista Audácia

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Papa: «Igreja é chamada a amar mesmo na contradição»

Foto LaPresse - Stefano Costantino 17/10/2015 Città del Vaticano (VAT) Cronaca Papa Francesco presenzia alla Commemorazione del 50° Anniversario del Sinodo dei Vescovi in Aula Paolo VI, Città del Vaticano, Vaticano. Nella foto: Papa Francesco Photo LaPresse - Stefano Costantino 17/10/2015 Vatican City (VAT) Pope Francis attends the Commemoration of the 50th Anniversary of the Synod of Bishops in Paul IV Hall in Vatican City, Vatican. In the pic: Pope Francis

Francisco assinalou hoje no Vaticano os 50 anos do Sínodo dos Bispos

Cidade do Vaticano, 17 out 2015 (Ecclesia) – O Papa assinalou hoje no Vaticano o cinquentenário do Sínodo dos Bispos sublinhando a importância da Igreja Católica continuar a recorrer a este meio como forma de ir ao encontro dos desafios e interrogações do mundo.
“Devemos prosseguir nesta estrada. O mundo em que vivemos, e que somos chamados a amar e a servir mesmo na contradição, exige que a Igreja potencie sinergias em todos os âmbitos da sua missão. O caminho da sinodalidade é o caminho que Deus espera da Igreja neste terceiro milénio” sublinhou Francisco.
A sessão comemorativa dos 50 anos da instituição do Sínodo dos Bispos, impulsionada pelo Papa Paulo VI, decorreu esta manhã com a participação de responsáveis das conferências episcopais de todo o mundo, que estão envolvidos no Sínodo sobre a Família.
Recorde-se que Portugal está representado por D. Manuel Clemente, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa; e por D. Antonino Dias, presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família.
Na sua intervenção, transmitida pelo canal televisivo do Vaticano, o Papa Francisco salientou que no centro da palavra “Sínodo” está o convite a um “caminho conjunto” que na Igreja deve ser estendido a todos, “leigos, sacerdotes, ao Bispo de Roma”.
“É um conceito fácil de exprimir mas não é fácil de colocar em prática”, frisou o Papa argentino.
“Uma Igreja sinodal é uma Igreja que escuta”, apontou Francisco, recordando que foi “baseado nessa convicção” que decidiu realizar o Sínodo dos Bispos sobre a Família e também “auscultar” aquilo que as comunidades cristãs têm a dizer sobre esta questão.
Pois esta escuta deve ser sempre “recíproca”, prosseguiu o Papa, referindo que um Sínodo dos Bispos deve ser sempre “ponto de convergência para este dinamismo de escuta feito a todos os níveis da vida da Igreja”.
O Sínodo dos Bispos deve ser também sinónimo de uma Igreja que se coloca “ao serviço do Povo de Deus”, pois “a sua única autoridade é a autoridade do serviço, o seu único poder é o poder da cruz”.
“Nunca nos esqueçamos disto”, disse Francisco aos bispos, cardeais e outros responsáveis católicos que acompanharam a cerimónia, incluindo cinco representantes das Igrejas Católicas dos cinco continentes, que apresentaram durante o evento o caminho que já foi feito, nas suas comunidades, nestas cinco décadas de caminhada sinodal.
 O Papa argentino alertou ainda que “o empenho em construir uma Igreja sinodal, missão a que todos são chamados a participar”, não pode deixar de fora a vertente “ecuménica” nem os ecos que chegam de fora do mundo católico e cristão, ou seja, num empenho que se “alarga também à humanidade”.
Uma Igreja que, concluiu o Papa, saiba “cultivar o sonho” de contribuir para uma sociedade “edificada na justiça e na fraternidade” e de “um mundo mais belo e digno do homem para as gerações vindouras”.
JCP

Horário da Catequese 2020/2021

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