sábado, 26 de dezembro de 2015


2015 - MENSAGEM DE NATAL, DE D. MANUEL ROCHA FELÍCIO, BISPO DA GUARDA


O Natal, festa da  Misericórdia e da Família Vamos viver este Natal de 2015 em tempo do Jubileu Extraordinário da Misericórdia e também tendo na memória o recente Sínodo sobre a Família. Sabemos que a Misericórdia é sempre a marca mais distintiva do Amor de Deus para com todos, homens e mulheres. Ora, a Misericórdia de Deus sem limites primeiro faz-se presente na vida de cada um de nós e depois impele-¬nos para sair ao encontro dos outros, a começar pelos que mais precisam, os que ocupam as chamadas periferias existenciais, usando as palavras do Papa Francisco. A força da mensagem do Menino de Belém, com toda a sim¬bologia da quadra natalícia, está, de facto, na Misericórdia de Deus. O nascimento de Jesus no Presépio de Belém é a expressão por excelência do Amor Misericórdia de Deus e convida-nos a ser “misericordiosos como o Pai”, lema deste ano jubilar. Em Seu Filho único Jesus Cristo, nascido de Maria e com a protecção paternal de S. José, Deus Pai diz ao mundo que estão para sempre desfeitas todas as barreiras supostamente interpostas entre Ele próprio como criador e os seres humanos suas criaturas. Mais ainda, diante do Presépio de Belém, nós contemplamos os abandonados e excluídos que continuam a povoar o nosso mundo e a nossa história, mesmo naquelas sociedades supostamente evoluí¬das e com capacidade material para acabarem com todas as formas de pobreza e marginalidade que, de facto, nelas continuam a existir. O Natal convida-nos a vestir os sentimentos do Filho Único de Deus, feito Menino no presépio de Belém, para cultivarmos a proximidade e a solidariedade sobretudo com os excluídos, que não têm possibilidade ou não têm vontade de participar na vida da sociedade, ou porque lhes faltam os meios materiais e humanos indispensáveis ou porque ainda não lhes foi dada a oportunidade de colocarem a render as suas capacidades para construção do bem de todos. A tradição apresenta-nos o Natal como sendo a grande festa da Família e com justificadas razões. Queremos, por isso, convidar todas as famílias, quando temos ainda na memória o Sínodo que lhes foi dedicado, para, neste Natal e durante todo o ano jubilar, fazerem memória das 14 obras de misericórdia e levarem-nas à prática, tanto as sete corporais como as sete espirituais. O Papa Francisco enumera-as, uma por uma, na bula com que convoca o Jubileu, propondo, assim, um verdadeiro programa para a vivência do ano da misericórdia e também deste Natal. As obras de misericórdia corporais convidam-nos a dar de comer ou de beber a quem tem fome ou sede, mas também a visitar os doentes, a visitar os presos, a vestir os nus, a acolher os peregrinos ou mesmo a enterrar os mortos com dignidade. As espirituais põem diante de nós a obrigação de dar bom conselho aos que dele precisam, de ensinar os ignorantes ou consolar os aflitos, mas também de perdoar as ofensas, sofrer com paciência as fraquezas do próximo ou então ajudar o pecador a reconhecer o seu próprio pecado, ou rezar a Deus por vivos e defuntos. Temos aqui um vasto programa para levar à prática a men¬sagem do Natal, verdadeira e eloquente expressão do Amor-Misericórdia de Deus. Convidamos todas as famílias a fazerem dele também o seu programa. E que o Menino de Belém seja o nosso conforto e a nossa companhia na celebração desta quadra festiva que comemora o seu nascimento.



Mensagem e Benção Urbi et Orbi do Papa Francisco – Natal de 2015

Neste dia 25 de Dezembro, Dia de Natal o Papa Francisco dirigiu-se à “cidade e ao mundo” na tradicional Mensagem e Benção Urbi et Orbi. Publicamos aqui o texto integral pronunciado pelo Santo Padre:
Queridos irmãos e irmãs, feliz Natal!
Cristo nasceu para nós, exultemos no dia da nossa salvação!Abramos os nossos corações para receber a graça deste dia, que é Ele próprio: Jesus é o «dia» luminoso que surgiu no horizonte da humanidade. Dia de misericórdia, em que Deus Pai revelou à humanidade a sua imensa ternura. Dia de luz que dissipa as trevas do medo e da angústia. Dia de paz, em que se torna possível encontrar-se, dialogar, reconciliar-se. Dia de alegria: uma «grande alegria» para os pequenos e os humildes, e para todo o povo (cf. Lc 2, 10).
Neste dia, nasceu da Virgem Maria Jesus, o Salvador. O presépio mostra-nos o «sinal» que Deus nos deu: «um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura» (Lc 2, 12). Como fizeram os pastores de Belém, vamos também nós ver este sinal, este acontecimento que, em cada ano, se renova na Igreja. O Natal é um acontecimento que se renova em cada família, em cada paróquia, em cada comunidade que acolhe o amor de Deus encarnado em Jesus Cristo. Como Maria, a Igreja mostra a todos o «sinal» de Deus: o Menino que Ela trouxe no seu ventre e deu à luz, mas que é Filho do Altíssimo, porque «é obra do Espírito Santo» (Mt 1, 20). Ele é o Salvador, porque é o Cordeiro de Deus que toma sobre Si o pecado do mundo (cf. Jo 1, 29). Juntamente com os pastores, prostremo-nos diante do Cordeiro, adoremos a Bondade de Deus feita carne e deixemos que lágrimas de arrependimento inundem os nossos olhos e lavem o nosso coração.
Ele, só Ele, nos pode salvar. Só a Misericórdia de Deus pode libertar a humanidade de tantas formas de mal – por vezes monstruosas – que o egoísmo gera nela. A graça de Deus pode converter os corações e suscitar vias de saída em situações humanamente irresolúveis.
Onde nasce Deus, nasce a esperança. Onde nasce Deus, nasce a paz. E, onde nasce a paz, já não há lugar para o ódio e a guerra. E no entanto, precisamente lá onde veio ao mundo o Filho de Deus feito carne, continuam tensões e violências, e a paz continua um dom que deve ser invocado e construído. Oxalá israelitas e palestinenses retomem um diálogo directo e cheguem a um acordo que permita a ambos os povos conviverem em harmonia, superando um conflito que há muito os mantém contrapostos, com graves repercussões na região inteira.
Ao Senhor, pedimos que o entendimento alcançado nas Nações Unidas consiga quanto antes silenciar o fragor das armas na Síria e pôr remédio à gravíssima situação humanitária da população exausta. É igualmente urgente que o acordo sobre a Líbia encontre o apoio de todos, para se superarem as graves divisões e violências que afligem o país. Que a atenção da Comunidade Internacional se concentre unanimemente em fazer cessar as atrocidades que, tanto nos referidos países, como no Iraque, Líbia, Iémen e na África subsaariana, ainda ceifam inúmeras vítimas, causam imensos sofrimentos e não poupam sequer o património histórico e cultural de povos inteiros. Penso ainda em quantos foram atingidos por hediondos actos terroristas, em particular pelos massacres recentes ocorridos nos céus do Egipto, em Beirute, Paris, Bamaco e Túnis.
Aos nossos irmãos, perseguidos em muitas partes do mundo por causa da sua fé, o Menino Jesus dê consolação e força.
Paz e concórdia, pedimos para as queridas populações da República Democrática do Congo, do Burundi e do Sudão do Sul, a fim de se reforçar, através do diálogo, o compromisso comum em prol da edificação de sociedades civis animadas por sincero espírito de reconciliação e compreensão mútua.
Que o Natal traga verdadeira paz também à Ucrânia, proporcione alívio a quem sofre as consequências do conflito e inspire a vontade de cumprir os acordos assumidos para se restabelecer a concórdia no país inteiro.
Que a alegria deste dia ilumine os esforços do povo colombiano, para que, animado pela esperança, continue empenhado na busca da desejada paz.
Onde nasce Deus, nasce a esperança; e, onde nasce a esperança, as pessoas reencontram a dignidade. E, todavia, ainda hoje há multidões de homens e mulheres que estão privados da sua dignidade humana e, como o Menino Jesus, sofrem o frio, a pobreza e a rejeição dos homens. Chegue hoje a nossa solidariedade aos mais inermes, sobretudo às crianças-soldado, às mulheres que sofrem violência, às vítimas do tráfico de seres humanos e do narcotráfico.
Não falte o nosso conforto às pessoas que fogem da miséria ou da guerra, viajando em condições tantas vezes desumanas e, não raro, arriscando a vida. Sejam recompensados com abundantes bênçãos quantos, indivíduos e Estados, generosamente se esforçam por socorrer e acolher os numerosos migrantes e refugiados, ajudando-os a construir um futuro digno para si e seus entes queridos e a integrar-se nas sociedades que os recebem.
Neste dia de festa, o Senhor dê esperança àqueles que não têm trabalho e sustente o compromisso de quantos possuem responsabilidades públicas em campo político e económico a fim de darem o seu melhor na busca do bem comum e na protecção da dignidade de cada vida humana.
Onde nasce Deus, floresce a misericórdia. Esta é o presente mais precioso que Deus nos dá, especialmente neste ano jubilar em que somos chamados a descobrir a ternura que o nosso Pai celeste tem por cada um de nós. O Senhor conceda, particularmente aos encarcerados, experimentar o seu amor misericordioso que cura as feridas e vence o mal.
E assim hoje, juntos, exultemos no dia da nossa salvação. Ao contemplar o presépio, fixemos o olhar nos braços abertos de Jesus, que nos mostram o abraço misericordioso de Deus, enquanto ouvimos as primeiras expressões do Menino que nos sussurra: «Por amor dos meus irmãos e amigos, proclamarei: “A paz esteja contigo”»! (Sal 122/121, 8).

27 de dezembro de 2015 – Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José


sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

25 de dezembro de 2015 – Solenidade do Natal do Senhor


É Natal! Cristo nasceu! Foi-nos dado um Salvador! Com os Anjos, os Pastores e todos os homens de boa vontade, sejamos testemunhas da Boa Nova para que todos os confins da terra possam ver a salvação do nosso Deus!

«Natal é vida que nasce! Natal é Cristo que vem. Nós somos o seu presépio e a nossa casa é Belém». Natal não é apenas recordar o grande Presente que Deus nos enviou, é sobretudo, ter a coragem de nós próprios sermos a Presença de Deus, tornar Deus presente para tantas pessoas que nunca recebem um gesto de amor. Amar é tornar Deus presente no meio de nós!  «É sempre Natal no coração que ama!» 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

24 de dezembro de 2015 – Natal do Senhor


É Natal! Cristo nasceu! Foi-nos dado um Salvador! Com os Anjos, os Pastores e todos os homens de boa vontade, testemunhemos a nossa alegria e gratidão: hoje nasceu o nosso Salvador!

Horário da Catequese 2020/2021

  A ficha de inscrição pode ser obtida  aqui . Depois de preenchida, deve ser entregue às catequistas