O ano de 2011 ficará na história de Portugal pelas piores razões imaginárias. O agravamento da crise financeira no nosso país, a demissão do governo, o pedido de ajuda externo obrigando Portugal a socorrendo-se do FEEF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira) e consequente entrada do FMI (Fundo Monetário Internacional) no país.
Esgrimem-se inflamados argumentos entre os protagonistas políticos do país, tentando encontrar responsáveis pelos “infortúnios” que assolam o país. Os protagonistas do poder tentam vilipendiar os factos, responsabilizando-se mutuamente pelo sucedido. Esquece-se no entanto o pesado fardo que recai sobre os portugueses, porventura até hipotecando o futuro das gerações vindouras.
Noticiam-se diariamente nos jornais episódios de pessoas da classe média/alta que mergulharam inesperadamente na miséria, vendo-se forçadas a desfazerem-se de pertenças ou heranças a fim de garantir a sobrevivência. Agrava-se o desemprego, prevendo-se que atinja os 11,9% no final do ano, perspectivam-se cortes adicionais nos salários, reduções nas pensões, agravamento dos juros e do défice público e externo, o que vaticina tempos atribulados.
O tema abordado no último encontro dos grupos bíblicos – O Mistério do Reino – revela-se de uma actualidade e reconforto para todos aqueles que estejam receptivos a escutar o chamamento de Deus. A parábola do trigo e joio adverte para os riscos implícitos quando se pretende erradicar tudo o que é negativo. A revelação desta parábola é de que Deus é paciente, misericordioso e justo no amor, pelo que, também nós devemos tentar seguir o exemplo, apesar de se sabermos quão difícil é esta tarefa. Saliente-se que, o trigo e o joio não são iguais, porém, não nos cabe a nós (pecadores) concretizar a separação. A separação do trigo e do joio cabe ao Senhor, como está escrito na Bíblia – Mt 13, 24-30, “…no final da ceifa, o joio será queimado…”.
Reflictamos pois, um pouco sobre este douto ensinamento e procuremos um pouco de reconforto no mesmo, para que sirva de alento nos momentos de atribulação que se perspectiva.
Aproveito para desejar a todos, uma Santa Páscoa.
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