segunda-feira, 2 de novembro de 2015

O PAPA QUE CARREGA A BANDEIRA DA MISERICÓRDIA


A palavra “misericórdia” vai estar a partir de dezembro de 2015 ainda mais vincada na agenda das comunidades católicas, com o lançamento no Vaticano de um especialmente dedicado a esta temática. Quando vamos ao dicionário, o termo é definido como uma demonstração de “caridade despertada pela infelicidade de outrem” ou “uma ação motivada pela desgraça ou miséria alheia”. Significa também “perdoar alguém simplesmente por bondade”, ainda que o outro possa “não merecer perdão”. Mas quando vamos à raiz latina da palavra, que junta as expressões “miserere” (ter compaixão) e cordis (coração), o conceito ganha outra força. “Ter compaixão de coração” implica não só capacidade de fazer o bem mas de nos colocarmos na posição de quem está a sofrer, aproximarmos o nosso coração do coração de alguém. Como diz o Papa Francisco, falta hoje na sociedade que consiga estar de “portas abertas” ao outro, que o “acolha” e que “carregue aos ombros as suas feridas”.
É este exemplo que o Papa argentino tem procurado sublinhar ao longo dos seus dois anos de pontificado, com a palavra “misericórdia”  a ser das mais citadas nas suas mensagens, a par de outros como “solidariedade” e “periferias”. Esta última expressando a sua preocupação por aqueles que estão mais afastados ou são mais marginalizados pela sociedade atual, os pobres, os doentes e incapacitados, os órfãos, os migrantes e refugiados, os perseguidos por causa da sua fé ou etnia, todos os que têm permanentemente sede de justiça e de esperança. Do Vaticano para o mundo, o Papa tem carregado aos ombros a bandeira da misericórdia, procurando despertar na sociedade e também na própria Igreja Católica, nos seus agentes e estruturas, essa “compaixão de coração”. (…)
Fonte: Semanário Ecclesia nº 1475

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