Jubileu: Papa abriu Porta Santa na Basílica de São Pedro
Francisco foi o primeiro a atravessar, seguido pelo Papa emérito Bento
XVI
Cidade do Vaticano, 08 dez 2015
(Ecclesia) – O Papa presidiu hoje, solenidade da Imaculada Conceição, à
abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, dando início ao 29.º Jubileu
da Igreja Católica.
“Abri-me as portas da justiça”,
pediu Francisco, no breve ritual que decorreu no fim da Missa a que presidiu na
Praça de São Pedro, antes de empurrar as portas, fechadas desde o Jubileu do
ano 2000.
O Papa foi o primeiro a
atravessar a Porta Santa, recolhendo-se depois em oração durante alguns
momentos, em silêncio, sendo seguido pelo Papa emérito Bento XVI, que se
deslocava com o apoio de uma bengala e ajuda do seu secretário pessoal.
Francisco falou num gesto
“simples mas altamente simbólico”.
Após a passagem do Papa emérito,
atravaessaram cardeais, bispos e representantes de sacerdotes, religiosos,
religiosas e leigos, em procissão até ao túmulo de São Pedro.
Este gesto simbólico vai
repetir-se em todas as dioceses do mundo no domingo seguinte e o próprio
Francisco Papa vai presidir à Missa com a abertura da Porta Santa da Basílica
de São João de Latrão, Catedral de Roma, a 13 de dezembro, III Domingo do Advento.
A cerimónia, que reuniu dezenas
de milhares de pessoas na Praça de São Pedro, teve início às 09h30 locais
(08h30 em Lisboa), com transmissão mundial.
“Entrar por aquela Porta
significa descobrir a profundidade da misericórdia do Pai que a todos acolhe e
vai pessoalmente ao encontro de cada um. Neste Ano, deveremos crescer na
convicção da misericórdia”, pediu o Papa Francisco, na homilia.
A intervenção lamentou a
“injustiça” que se faz a Deus quando se afirma, em primeiro lugar, que os
pecados são “punidos pelo seu julgamento”, sem colocar em primeiro lugar, pelo
contrário, que “são perdoados pela sua misericórdia”.
“Que o cruzamento da Porta Santa
nos faça sentir participantes deste mistério de amor. Ponhamos de lado qualquer
forma de medo e temor, porque não se coaduna em quem é amado; vivamos, antes, a
alegria do encontro com a graça que tudo transforma”, apelou.
Até hoje houve 26 anos santos
ordinários e dois extraordinários (anos santos da Redenção): em 1933 (Pio IX)
e 1983 (João Paulo II).
O anúncio deste Jubileu da
Misericórdia aconteceu a 13 de março, no Vaticano, quando o Papa explicou que a
iniciativa nasceu da sua intenção de tornar “mais evidente” a missão da Igreja
de ser “testemunha da misericórdia”.
OC
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